Vivemos um período, que ja vem perdurando demais, de total ausência do senso crítico individual e a prevalência da utilização máxima do senso comum.
Na educação isso não é diferente e muitas vezes se agrava ainda mais, pois criamos ou criaram para nós "mitos" que não erram e não podem ser questionados, sob pena de sermos tachados de elitistas ou adjetivos ainda piores.
Tenho presidido bancas para defesa de dissertação e obtenção do título de mestre faz um bom tempo e algo quase permanente nas dissertações apresentadas é a utilização como referencial teórico o escritor Paulo Freire.
O que me preocupa não é a simples utilização de Freire como referencial teórico na área da educação, mas o fato de que nas arguições aos mestrandos é praticamente um pecado capital questionar as teorias das "pedagogias" do senhor Paulo Freire. Como se tudo que ele escreveu e pregou estivesse totalmente acima, e muito acima, de qualquer forma de questionamento e, ninguem ou nada, está acima de ter o que falou ou escreveu questionado, até mesmo este artigo e este escritor.
A hegemonia normalmente se dá pela formação de consensos. O que é tido como consenso fica fora de debates. Torna-se um pressuposto. Intocável e não passível de discussões. Esse consenso não é um fato que demanda superação e não incita dúvidas. Via de regra ele passa sem ser notado e guardam intimidade com o segredo que ignora o belo das diferenças e mascara a realidade dos conflitos.
Se realmente queremos nos tornar e educar uma geração pensante e crítica, devemos acima de tudo aprender a pensar "fora da caixa" ideológica que nos é imposta por quem quer que seja.
Para nossa reflexão (ou não).
Prof. Charlie
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